quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Turismo a cavalo

editorial
por: Glauber Pereira

[00h:43min] 12/11/2010 - Opinião
Turismo a cavalo
toda vez que um novo projeto pretende alavancar a atividade lá se vão repórteres e reportagens a conferir um determinado grau de empreendedorismo e esperança

A história do discurso e da prática de desenvolvimento do turismo em Bagé causa reações diversas. Escrever sobre o tema é uma tarefa que tem duas dimensões. Uma delas, positiva; a outra, melancólica.Como um dos setores mais ligados às questões de qualidade, interação com a comunidade ou, ainda, afinidade com os processos de publicidade, o setor ganha facilmente a simpatia dos veículos de comunicação. Assim, toda vez que um novo projeto pretende alavancar a atividade lá se vão repórteres e reportagens a conferir um determinado grau de empreendedorismo e esperança: “desta vez vai dar certo”. Afinal, cada município se empenha em demarcar seu terreno de identidade, sua característica social ou uma eficiente fonte de renda permanente. Exemplo disso é a cidade de São Borja que, mesmo na distante fronteira Oeste, na divisa da Argentina, consegue repercutir seu estilo de explorar economicamente o Rio Uruguai e sua culinária na base dos peixes abundantes. Mas ainda lida com uma história política de tirar o fôlego de qualquer gaúcho: é terra de Getúlio Vargas, João Goulart e de Leonel Brizola.As questões culturais devem se casar com as possibilidades oferecidas pela natureza. Quando essa simbiose não acontece de maneira espetacular, é preciso lançar mão de criatividade para evidenciar as potencialidades turísticas. Então, muitas vezes não adianta possuir um sem-número de haras cinematográficos se esses locais – particulares – não puderem, por exemplo, ser visitados de maneira regular e sistematizada. Um novo projeto pretende incentivar a visitação e o conhecimento da história da Rainha da Fronteira a partir da fórmula das tradicionais cavalgadas. Unindo aventura e hospedagem, história e ecologia, o conceito pode pegar. Principalmente em se tratando de uma cidade que não tem, pelo menos tão perto do centro, um recurso natural de grandiosidade indiscutível. Espera-se que as entidades envolvidas angariem o sucesso necessário para fazer desta proposta uma ação permanente.

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