quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Concerto encanta população bajeense

por: Daiane Oliveira [00H:48MIN] 22/12/2011 - ESPETÁCULO O concerto intitulado “Para Sempre Natal” foi realizado ontem, às 20h, e encantou a comunidade que foi ao Museu Dom Diogo de Souza. O evento contou com a participação de mais de 100 profissionais, entre músicos e cantores, além de uma equipe de teatro. Com o local lotado, os integrantes tocaram instrumentos como violinos, trompetes, eufônio, clarinetes, trombones, tuba e instrumentos populares, como saxofone. A apresentação mesclou, além do canto, uma encenação do nascimento de Jesus e ao final uma queima de fogos. O evento está dentro do calendário dos 200 anos da cidade, e contou com um espetáculo de 14 músicas, que fazem parte do CD, lançado pela igreja Batista. O maestro Joab Muniz começou sua trajetória na música aos nove anos. Cursando canto em 2007 concluiu o bacharelado em música pela UFPel, fazendo em seguida cursos específicos na área de regência e desenvolve atualmente suas atividades em vários estados do país. Joab fala que há muito tempo planejava fazer algo grande, bonito e com representação cultural para a comunidade em geral, “hoje estamos realizando um grande sonho”, ressalta. O prefeito Luís Eduardo Colombo enfatiza que os integrantes da orquestra são jovens e adultos, e participam voluntariamente já estando com um CD gravado. O espectador Flávio Nunes explica que é católico, “mas vim assistir e achei muito bonito e organizado, só não gostei porque não realizaram o fechamento das vias da rua, causando certo desconforto para quem não conseguiu lugar dentro do Museu”, concluiu. A Orquestra Filarmônica Batista é um projeto em desenvolvimento fundado pelo maestro Joab Muniz, que consiste na transformação gradativa de uma banda de sopro fundada pelo maestro Manoel Alves em 2000.

A verdadeira história da Pedra da Lua

por: Cláudio Falcão [23H:09MIN] 22/12/2011 - CURIOSIDADE Recentemente o escritor Fabrício Carpinejar esteve em Bagé para escrever uma matéria a respeito da Pedra da Lua. Em seu texto ele afirma que o objeto é o maior patrimônio cultural da cidade. Com toda a certeza não é, mas é uma inequívoca geradora de polêmica. Quando o patrimônio histórico de Bagé – o acervo do Museu Dom Diogo de Souza – corria risco de danos irrecuperáveis por causa do estado do prédio que o abriga, correu o boato que a pedra poderia ser vendida. Tudo por causa de um comentário, feito por brincadeira, pelo reitor da Urcamp na época, Morvan Ferrugem. Jamais ele teve a intenção de vender a pedra. E, de fato, não poderia, mas a polêmica se criou. Daí, vieram comentários suplementares questionando, até mesmo, a sua real existência. Mais polêmicas. Com efeito, como afirmou Carpinejar, a cobiça do mercado negro empurrou para as alturas o valor da pedra. Diga-se de passagem, que esse valor de muitos milhões não existia quando foi dada de presente, por Richard Nixon, para o ex-presidente Emílio Medici. E é aí que começa a história. O advogado Fernando Sérgio Lobato Dias, que dedicou 30 anos de trabalho ao Banco do Brasil e hoje advoga por amor à profissão, é quem conta. Por circunstâncias familiares ele tornou-se amigo de Medici e por diversas vezes advogou para o ex-presidente e sua família. Lá pelos idos de 1974 ou 1975, em uma visita do advogado à Estância Nova, propriedade rural do ex-presidente em Dom Pedrito, para tratar de assuntos profissionais, começou a se delinear o destino daquele pedaço de Lua. Já perto do almoço, o trabalho foi interrompido e substituído pelo mate. Na varanda da estância travou-se o seguinte diálogo: Diálogo ****** -Tu já viste a minha sala de lembranças? Perguntou Medici ao advogado. Ante a negativa de Lobato Dias a sala lhe foi mostrada por Dona Scylla, esposa de Medici. Ao retornar à varanda, outra pergunta: -O quê tu escolheste? Lobato Dias rebateu com uma proposta inesperada. -Tenho um pedido para lhe fazer. -Faça! Respondeu o ex-presidente. -Quero a Pedra da Lua! Doação ****** Surpreso, Medici perguntou o que o advogado pretendia. Lobato Dias sugeriu que a pedra fosse dada ao Museu Dom Diogo de Souza que estava sob os cuidados de seu criador, Tarcísio Taborda. Maravilha. Medici gostava muito de Taborda. Haviam sido vizinhos e o pequeno Tarcísio pedia voltinhas no cavalo do então capitão de cavalaria. Tinham um passado de boas lembranças. Lobato Dias queria que a doação fosse feita em ato formal. Medici se opôs e, para, solucionar a questão, o advogado levou Tarcísio à estância onde lhe foi entregue o fragmento lunar. Após as despedidas, Lobato Dias e Tarcísio retornaram a Bagé com o presente embrulhado em papel, sem escolta policial nem aparato de segurança. Não era necessário. A partir daquele momento um pedacinho da Lua fincava raízes em Bagé, a mesma Lua que Sepé Tiaraju tinha simbolizada em si mesmo. Lobato Dias esclarece que, na verdade, Nixon deu duas pedras da Lua. Uma para o povo brasileiro, que foi doada pelo então presidente Medici ao Museu Nacional (RJ). A outra foi um presente pessoal ao presidente e é justamente esta, que foi doada ao museu de Bagé. O objeto hoje é raro e deve se tornar motivo de visitação mais frequente. Não tanto pelo seu tamanho ou aparência, mas pela história que representa. Lobato Dias lançou uma flecha certeira ao escolher a pedra naquela sala. Com suas palavras, sugeriu a doação. Seu senso de oportunidade foi bem aproveitado. “Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida" (Provérbio Chinês). FON
LOBATO DIAS: “ Tarcísio ficou muito contente. A vida dele era o Museu” TE JM

Torre do Castelinho é reconstruída depois de acordo judicial

por: Maritza Costa Coitinho [22H:43MIN] 22/12/2011 - PATRIMÔNIO HISTÓRICO Em junho deste ano, a comunidade bajeense se manifestou contra a demolição parcial da torre do castelinho, ponto de referência no bairro Jardim do Castelo.
ESTRUTURA: refeita após demolição A torre teve a estrutura de ameias destruída por operários, mesmo o prédio sendo tombado como patrimônio histórico e cultural da cidade através da Lei Municipal 4836. Na oportunidade, o Ministério Público ajuizou ação para interromper a obra e responsabilizar os culpados. Em audiência de conciliação realizada há pouco, o novo proprietário, que adquiriu o imóvel após a demolição da estrutura, o advogado Rodrigo Duarte, entrou em acordo com a justiça. Por meio deste acordo, conforme ele próprio explicou à reportagem do Jornal MINUANO, Duarte se comprometeu a refazer o que fora demolido. Depois da aprovação de um projeto pela Secretaria Municipal de Planejamento (Scoplan) e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Bagé (Compreb), o trabalho foi finalizado na semana passada, conforme mostra a foto tirada ontem pelo fotógrafo Francisco Bosco. Mas, mais que restaurar o que foi demolido, Duarte conta que existe a intenção de manter a estrutura restaurada em caso de construção de um novo projeto no imóvel. A torre é remanescente da chácara de Cornélio Martins e trata-se de uma estrutura de caixa d’água construída entre 1910 e 1915. FONTE JM